Foto: FaceBook - Luís Corrêa Lima
Padre Luís Corrêa Lima, Professor da PUC - Rio relata via Facebook ato vândalo em igreja no Rio de Janeiro.
"Padre é duramente xingado na missa por mencionar Marielle Franco.
Mário de França Miranda, meu coirmão jesuíta e companheiro de comunidade na PUC-Rio, celebrou missa na Paróquia da Ressurreição, em Ipanema, neste domingo às 10h30. Na homilia, comentou o Evangelho sobre o grão de trigo que cai na terra e se desfaz para dar frutos (Jo 12,24). Lembrou Jesus e os que vencem o egoísmo lutando por um mundo melhor e mais humano. São vidas que a morte não põe fim. E deu também como exemplo Martin Luther King Jr., dom Oscar Romero e Marielle, que denunciou o abuso de poder contra populações faveladas. Ao pronunciar este nome, dois homens no fundo da Igreja se levantaram aos gritos: “Padre filho da puta”! Felizmente, os demais fieis conduziram aquele baderneiros para fora do recinto. E, após a missa, muitos cumprimentaram o sacerdote.Parabéns, padre França, por sua coragem e espírito profético! Você engrandece o sacerdócio, a Igreja, a memória de Marielle e a cidadania! Que nunca lhe falta a graça divina para seguir adiante."
Padre Miranda, por sua vez, declarou: "O problema é muito complexo. É muito difícil, hoje, emitir uma opinião clara e transparente. O problema é (a falta de) diálogo; a sociedade (precisa) esquecer seus partidos (e dialogar). Não é fácil, porque significa ceder um pouco, escutar o outro. A polarização ameaça a democracia. A partir dos extremos podem surgir regimes totalitários de diferentes correntes ideológicas [...] Esse episódio mostra um pouco a situação que estamos vivendo. As posições estão muito radicalizadas, tanto de um lado quanto de outro. O pessoal não ouve outra opinião. Isso é um perigo para a democracia..." O Padre Luís Corrêa Lima é Professor, estudioso de História e defensor dos direitos do ser humano.
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